Ciclo de Palestras AMRIGS reforça importância de cuidados no pré-natal e nos primeiros meses de vida.

Ciclo de Palestras AMRIGS reforça importância de cuidados no pré-natal e nos primeiros meses de vida.

Mesmo com uma tecnologia cada vez mais avançada nos exames de imagens, ainda há um grande número de doenças não diagnosticadas no período pré-natal. A razão são carências, ainda existentes no Brasil, de um acompanhamento mais frequente das pacientes.

Durante o Agosto Verde, mais uma edição do Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), na noite de 09 de agosto, o médico ginecologista e obstetra, Jorge Telles, esclareceu que as consultas no primeiro trimestre são consideradas cada vez mais importantes por uma série de motivos. “O que se faz é a inversão da pirâmide, ou seja, as consultas mais frequentes precisam estar no início da gestação. Isso acontece, pois há exames de maior importância em termos de triagem onde se rastreiam doenças cromossômicas, pré-eclâmpsia, rastreio de comorbidades e exames morfológicos”, explica.

Entre as estatísticas apresentadas pelo palestrante, o dado de que, aproximadamente, 3% a 5 % de gestações são gemelares chamou a atenção, uma vez que 10% a 15% terminam em abortamento. O médico também transmitiu informações sobre os procedimentos invasivos intrauterinos em medicina fetal.

A exposição seguinte abordou o tema da amamentação, apresentado pela bióloga e doutora em Ciências, Cristina Bertoni. Professora da Pós-Graduação em Cuidado Materno-Infantil do Instituto Mame Bem, a convidada falou sobre a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê. “Precisamos sair do lugar comum. As intervenções humanas são resultantes de uma cultura. As questões regionais têm um impacto grande na nossa vida. Diferentemente dos outros mamíferos, somos permeados por uma série de fatores como cultura, política, religião, sociedade, capital, redes sociais e palpites de outras pessoas. Não adianta dizer que a amamentação é natural, pois ela é um fenômeno psico-social. Logo, a amamentação não é uma responsabilidade única da mãe” disse.