A chegada do inverno se intensifica o alerta para os cuidados com as doenças respiratórias.

A chegada do inverno deixa as pessoas mais expostas a doenças provocadas por bactérias e vírus, que se proliferam com rapidez e trazem consigo o aumento da incidência de gripe, alergia respiratória, pneumonia, otite, resfriado, sinusite e asma.

Em decorrência da mudança brusca de temperatura e o aumento da umidade e fungos, os processos irritativos das vias aéreas superiores e a reativação de processos crônicos respiratórios, como bronquites e asma, surgem com maior frequência.

O frio não é o único responsável pelo agravamento das doenças respiratórias. As mudanças de hábito decorrentes da chegada do inverno, também colaboram para prejudicar a saúde do indivíduo, pois, nesse período, as pessoas tendem a ficar em locais fechados, sem muita ventilação, aglomeram-se mais e gastam mais energia para manter a temperatura do corpo.

Estudos mostram que em 86% do tempo as pessoas ficam em ambientes fechados, seja no ônibus, na escola, no trabalho ou no shopping. A aglomeração de pessoas nesses tipos de ambiente favorece a transmissão de vírus e bactérias, um dos principais agentes responsáveis pelas doenças de primavera e verão.

As doenças respiratórias, também, interferem no desempenho profissional e contribuem para o aumento dos casos de absenteísmo (falta ao trabalho) e presenteísmo, ou seja, o profissional está presente no trabalho, mas sua produtividade sofre uma redução de 30% a 70%, pelo mal-estar gerado pela doença. Além disso, algumas dessas doenças, como a gripe e a conjuntivite, são altamente contagiosas e, por isso, acometem vários trabalhadores, interferindo na produtividade das empresas.

Os “vilões” das doenças respiratórias: Dois fatores são apontados quando se fala em problemas respiratórios. Um deles é o condicionador de ar, presente na maioria dos ambientes de trabalho e de lazer. Na opinião de Paulo Azevedo, especialista em Medicina do Trabalho, esses aparelhos são preparados para trazer conforto térmico, mas podem contribuir para causar doenças, se houver falhas em sua manutenção e higienização. Ocorrendo esse tipo de falha, pode haver a proliferação de cultura, com vírus de espécie rara e altamente agressivo, acarretando pneumonias de difícil tratamento e controle. Outra questão é a automedicação e, nesse ponto, o pneumologista Ricardo Tardelli faz um alerta: “é comum o uso indiscriminado de medicamentos antigripais, que contêm em sua fórmula antialérgicos, que provocam sonolência, e o ácido acetil salicílico, que pode causar irritação gástrica”.

Medidas preventivas: Nas épocas mais frias do ano, alguns cuidados preventivos são importantes para defender o organismo destes males. O simples ato de lavar as mãos com um sabonete antisséptico reduz a possibilidade de contrair doenças como a gripe ou a conjuntivite, que geralmente são responsáveis pela ocorrência de surtos. No caso da gripe, uma forma de prevenção se dá pela vacinação anual, das faixas etárias mais vulneráveis.

Quanto aos resfriados, deve-se evitar aglomerações, deixar as janelas abertas para a circulação do ar, evitar fumar e permanecer em ambiente contaminado pela fumaça do cigarro, que irrita as vias respiratórias, facilitando as infecções virais e bacterianas.

Também é possível melhorar as defesas do corpo com uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas e legumes, e a ingestão de bastante líquido.

Outra recomendação importante é manter a casa e os ambientes (inclusive o do trabalho) livres de poeira e sujeira, para evitar o agravamento de doenças simples, como a rinite e a sinusite, e as mãos limpas para evitar o contágio de doenças.

No ambiente de trabalho ou em locais onde as pessoas passam muito tempo juntas, lavar as mãos deve ser uma prática constante. Algumas pequenas mudanças na rotina podem colaborar para a saúde de sua família e das pessoas com quem convivem diariamente. Para maiores informações acesse o site www.secretariadasaude.com.br. Matéria autoral atualizada, anteriormente publicada na Revista Acontece-Editada para Site: Jornalista Leci da Silva.