Prefeitura de Canoas orienta mães lactantes em caso de suspeita de covid-19.

Recomendação é para que a amamentação materna seja mantida, mesmo em casos positivos da doença.  

Apenas na Clínica de Saúde da Mulher de Canoas nascem 450 bebês por mês, o que leva a Prefeitura a se preocupar com as mães que estão amamentando seus filhos e com as dúvidas geradas em função da pandemia do novo coronavírus. É o caso de Michele Costa Gomes, que amamenta o pequeno Enzo de quatro meses e, embora ainda não tenha tido sintomas, afirma que o seu maior medo é ter que parar de amamentar, caso seja contaminada.  “Cada dia uma pessoa fala uma coisa diferente e a gente não sabe muito bem no que acreditar. Eu não sei o que fazer caso fique com sintomas de covid-19, acho que minha primeira reação seria parar de amamentar e ficar distante do Enzo”, comenta Michele.  

É para sanar essas dúvidas e auxiliar as mães canoenses que a Prefeitura de Canoas, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vem orientando as mães para que não parem de amamentar seus filhos, mesmo que estejam com sintomas, suspeita ou já infectadas pela covid-19. De acordo com o secretário da pasta, Fernando Ritter, os benefícios do aleitamento materno para a criança superam o risco de transmissão do vírus.  “Estamos seguindo os protocolos de entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que apontam que, até o momento, não há comprovação científica de que o vírus seja transmitido pelo leite. Além disso, o leite materno traz inúmeros benefícios para a saúde da criança, fortalecendo, inclusive, seu sistema imunológico. Por isso, recomendamos que as mães diagnosticadas com covid-19 ou que estejam com suspeitas continuem amamentando, caso estejam em condições clínicas para isso e sigam as recomendações de higiene”, explica Ritter.  

A nutricionista da Prefeitura, Graça Patrícia Lourenço, orienta que, entre os cuidados, as mães devem lavar as mãos antes de tocar o bebê; higienizar a mama com água e sabão se tossir ou espirrar; usar máscara durante as mamadas; evitar falar ou tossir durante a amamentação; trocar a máscara imediatamente em caso de tosse ou espirro; trocar de roupa sempre que possível. “A mãe ainda tem a opção de fazer a retirada do leite por meio de bombas de extração ou de forma manual, com a higiene adequada, e que uma pessoa que não tenha o vírus alimente ou ofereça o leite materno à criança com um copinho e uma colher”, completa Graça.