Receio da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) é de que doenças voltem a circular pela não vacinação de crianças.
A preocupação da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) é de que, antes da pandemia as coberturas vacinais já estavam baixas e, agora, com o cenário provocado por todos os acontecimentos, houve um agravamento desse cenário. “A faixa etária da infância é considerada um grupo extremamente vulnerável a doenças infecciosas principalmente no primeiro ano de vida. A partir do momento que é feita a proteção individual e consegue-se altos níveis de coberturas vacinais, obtém-se a proteção coletiva. Muitas vezes ao vacinar uma faixa etária, tem-se a imunidade coletiva que é a proteção de outras pessoas que não receberam vacina”, afirma o membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Juarez Cunha.
Os imunizantes trouxeram e continuam trazendo enormes benefícios na prevenção desses e de outros males infecciosos. Entre alguns casos que podem ser citados estão a varíola que é a única doença, atualmente, erradicada. O sarampo foi eliminado, retornando a partir de 2018. Febre amarela é outra doença que estava controlada e desde 2016 há surtos. Além disso, a Poliomelite é uma doença com elevado risco porque está presente em alguns outros países do mundo e nossas coberturas em determinadas regiões estão com menos de 50% de cobertura vacinal e se não houver um foco para manutenção das imunizações, há risco dela retornar.