Outubro Rosa na AMRIGS ressalta a importância da mulher conhecer o próprio corpo.

Outubro Rosa na AMRIGS ressalta a importância da mulher conhecer o próprio corpo.

A edição de outubro do Ciclo de Palestras, realizada pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) na noite de quinta-feira (18/10), abordou a prevenção do câncer de mama e a saúde da mulher. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que mais de 57 mil mulheres tenham sido diagnosticadas com câncer de mama em 2017 no Brasil.

O mastologista José Luiz Pedrini apresentou os diferentes tipos de câncer e ressaltou que não basta apenas saber que existe o tumor. É necessário saber classificá-lo e selecionar o tratamento mais indicado. A estimativa é que até 2030 existam cerca de 70 a 80 milhões de sobreviventes no mundo. “Todas as mulheres devem fazer a mamografia, mas quem tiver de 40 a 70 anos deve redobrar o cuidado”, alertou.

Obesidade, sedentarismo, uso abusivo de álcool, tabaco e anabolizantes são alguns dos fatores de risco. Igualmente importante junto com a detecção precoce da doença é o acesso ao tratamento. A cura envolve remover o tumor antes que ele se espalhe pelo corpo. Voluntária do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA), Patrícia Chiappin Kauer foi diagnosticada com câncer de mama na mesma época e realizou o procedimento de retirada da mama, a mastectomia. “O importante é que as pessoas sejam bem atendidas e tenham o acesso e tratamento adequado”, afirmou.

Altair Margarida de Conto é voluntária do IMAMA há quase 20 anos e destacou às mulheres presentes a importância de elas conhecerem o seu próprio corpo. Em seguida, a dupla demonstrou os movimentos para efetuar o autoexame dos seios.

A realização da mamografia é garantida na legislação. A Lei 11.664/2008 prevê o oferecimento do exame às usuárias de todas as idades do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a única forma de detectar tumores em estágios iniciais e assintomáticos, tornando o tratamento menos invasivo e aumentando consideravelmente as chances de cura. A Lei 9.797/1999 diz que toda mulher tem direito à reconstrução da mama. Em 2013, foi sancionada a lei de que tal procedimento deve ser feito logo após a retirada do tumor. A pediatra Juliana Rizzieri foi diagnosticada com câncer de mama aos 39 anos e foi no Projeto Camaleão que ela buscou auxílio para lidar com a autoestima e a reinserção social. “Quando nos encontramos na posição do paciente, descobrimos que empatia nunca é demais. Precisamos de alguém que não nos olhe como mais um número”, disse.

Para ampliar a qualidade de vida, é recomendável reservar um tempo para si, fazer exercícios por prazer, dormir bem, beber água e mastigar precisamente os alimentos.

O próximo encontro do Ciclo de Palestras AMRIGS será no dia 8 de novembro, às 19h, durante o Novembro Azul. Os médicos Herbert Sauer e Gerson Junqueira falam sobre câncer de próstata e saúde do homem. O evento é gratuito e será concedido certificado. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3014-2039 ou pelo e-mail capacitacao@amrigs.org.br.