Núcleo Hospitalar Epidemiológico de Canoas completa dois anos de análises e investigações de doenças.

Serviço coleta dados e fortalece ações em políticas públicas de saúde no município. 

“Contribuir às políticas públicas em saúde no município para que possamos nos precaver e ter ações ainda mais efetivas no combate às doenças”. Essa era a expectativa do prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, na inauguração do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) há exatos dois anos. Desde então, o serviço realizado no Hospital Universitário (HU) auxilia na identificação, acompanhamento e investigação de enfermidades e agravos no município, como infecções sexualmente transmissíveis e síndromes respiratórias graves. 

O NHE atende à Portaria Nº 2.254 do Ministério da Saúde, que exige um setor de atendimento hospitalar específico às chamadas doenças de notificação compulsória que tragam riscos à população. Assim, junto à Vigilância Epidemiológica de Canoas, a equipe composta por um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um auxiliar administrativo garante maior qualidade no fluxo de monitoramento dos sintomas, primordial às ações de controle da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

Segundo o enfermeiro e coordenador do serviço, Pedro Guilherme Propodolski, em apenas dois anos, foram acompanhados mais de 3.760 casos, o que representa uma média de 156,7 notificações mensais. Deste total, a maior demanda surgiu em decorrência de uma infecção silenciosa e que na maioria das vezes não apresenta sintomas imediatos, a sífilis, com mais de 1.220 ocorrências. Outras estatísticas que evidenciam a importância do Núcleo são referentes ao alto número de investigações ligadas a violências, com 815 casos. 

Durante a pandemia do novo coronavírus, a equipe do Hospital Universitário ganhou ainda mais destaque na saúde pública de Canoas por conta do cenário epidemiológico grave que a humanidade atravessa. Foram 961 notificações de SRAG registradas em dois anos. Destas, 557 apenas nos últimos três meses, sendo destes 59% canoenses. O hospital é referência para o atendimento de 156 municípios gaúchos, o que justifica o índice de 41% dos pacientes serem encaminhados de outras cidades.