Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) reafirma a importância de conhecer a doença e conduzir o tratamento da maneira adequada.
O vitiligo está entre as doenças que preocupam médicos por conta do prolongado período vivido na pandemia que trouxe uma carga elevada de estresse, ansiedade e depressão na população. A doença acontece, segundo a médica dermatologista e vice-presidente da SBD-RS, Clarissa Prati, por um princípio imune no qual o corpo desenvolve anticorpos aos melanócitos que são as células produtoras da melanina, substância responsável pela pigmentação da pele. “Como na grande parte das doenças imunes, o estresse, a ansiedade, a depressão e outras situações que envolvem a liberação de substâncias inflamatórias, podem ser desencadeantes desse processo em pacientes que tenham uma tendência familiar ou genética para esse tipo de doença”, explica.
O vitiligo é uma doença imune e crônica da pele caracterizada por manchas de coloração mais clara. A médica lembra que o combate a doença tem tido grandes avanços. “Tem sido importante o desenvolvimento de novos medicamentos eficazes e que atuam como inibidores da “Janus kinase” e de outras moléculas. Estes fármacos agem no sentido de reduzir o processo inflamatório induzidos por esses anticorpos e, também, atuam na repigmentação da pele”, explica.
A SBD-RS atua de forma permanente na conscientização sobre a doença ressaltando que embora não provoque o adoecimento físico, o vitiligo atinge diretamente a autoestima dos pacientes. Apesar do estigma, especialistas esclarecem que a doença não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio do contato próximo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, 1% a 2% da população mundial sofre com a enfermidade. No Brasil são cerca de 150 mil pessoas.