O consumo interno de café no Brasil tem apresentado índices de crescimento comparáveis aos de países como Alemanha e Itália, onde a média por habitante ultrapassa os cinco quilos por ano – os dados são da Organização Internacional do café. Foi-se o tempo em que o café era feito apenas no coador. Hoje em dia a variedade aumentou tanto que é possível fazer inúmeras bebidas. Basta, apenas, deixar a criatividade fluir pelo copo. O aquecimento do setor tem aumentado gradativamente a demanda por baristas, profissionais responsáveis por garantir ao consumidor bebidas com sabor e sofisticação.
O nome barista vem do italiano baristi e tem o sentido de ‘atendente de bar’ – é o especialista em transformar cafés de qualidade excelente, de safra especial, em bebidas singulares, mesclando-os com frutas ou outros drinks. Ele extrai o café expresso do equipamento no qual está reservado e, através de combinações inusitadas, procura atingir o que se chama de ‘a xícara perfeita’.
Este profissional cria novas bebidas baseadas em licores, cremes e outros drinks alcoólicos; geralmente trabalha em restaurantes e outros locais exclusivos. Como principal requisito, este especialista deve ter um domínio completo de seu principal ingrediente, o café. Assim, ele deve saber distinguir entre os vários grãos e compreender integralmente o mecanismo da torragem, além de ter a capacidade de acionar a máquina, modelando-a para o uso deste produto.
Como se não bastasse todo esse processo, é essencial que o barista saiba aliar as propriedades do café ao seu consumidor e ao contexto no qual ele está sendo preparado. O grão precisa ser triturado instantaneamente ou pelo menos 30 minutos antes da confecção do drink. O creme que se revela na superfície deve igualmente demonstrar seus predicados; o ideal é que ele apresente a coloração da avelã e seja denso e regular; sua função principal é preservar o grau de calor do café. A xícara também é importante, pois ela deve ter o formato oval na parte inferior e a temperatura por volta de 40º C. O volume dela está sujeito à dose do café.
O café sempre foi muito popular, consumido em qualquer bar ou confeitaria, mas foi na sua modalidade expresso – café feito em máquina de pressão e servido geralmente em xícara pequena – que ele realmente se consagrou no paladar de um consumidor mais requintado. Seu preparo exige um ingrediente de maior excelência, sendo este elemento que abriu novas perspectivas para esta bebida.
Diversos bares específicos e cafeterias charmosas abriram e conquistaram o gosto dos clientes, transformando o barista em um profissional cada vez mais requisitado pelo mercado. Na cidade de São Paulo há, inclusive, o Dia do Barista, comemorado na mesma data em que se festeja o Dia Nacional do Café, 24 de Maio. Fonte: Associação Brasileira da Indústria de café (Abic). Matéria autoral atualizada, anteriormente publicada na Revista Acontece-Editada para Site: Jornalista Leci da Silva.