Água, evitar o desperdício é questão de sobrevivência.

A Água potável é fonte de vida e saúde. Nas estatísticas mencionadas pelos especialistas, o ser humano adulto pode sobreviver por semanas sem alimento sólido, mas seu organismo não resistirá à falta de água por mais do que alguns dias.

Em um futuro, que se torna cada vez mais iminente, os povos lutarão não mais por petróleo, o ouro negro, de suma importância para vários setores de nossa economia, mas pela água doce do planeta.

O Dia Interamericano da Água foi criado oficialmente em 1992, durante o XXIII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental, que teve lugar na cidade de Havana, Cuba. O fundamento desta proposta se centrou na idéia de que a participação das comunidades é o elemento-chave para o êxito dos programas de saneamento ambiental, por isso a mobilização de diversos grupos e a possibilidade de que tenham acesso à informação sobre o tema constituem-se em uma máquina importante para a promoção de ações concretas neste campo.

A imensidão do Brasil faz o indivíduo pensar que todos os recursos naturais do nosso País são inesgotáveis. O que não passa, segundo especialistas, de mero engano. O indivíduo deve sim alertar-se para os problemas que possam agravar, ainda mais, o meio ambiente, pois poderá estar contribuindo para graves prejuízos e comprometimentos à sobrevivência das gerações futuras, via de conseqüência, do ser humano na Terra.

Técnicos, especialistas, estudiosos e governos de todas as partes do mundo vêm dedicando horas preciosas de pesquisas, na busca de soluções que possam ajudar na recuperação de nosso Planeta. O Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) colocam o assunto em discussão e dimensionam a preocupação urgente de uma mudança radical do individuo em relação à preservação do planeta.

“Da água surgiu a vida, de um curso d’água nasce uma civilização” John Emilio Tatton

Pesquisadores e especialistas vêm sugerindo, através da mídia, o projeto Consumo Sustentável, que tem como objetivo orientar a população o melhor uso dos recursos naturais, para satisfazer as suas necessidades, sem comprometer as gerações futuras. Ou seja, saber usar, para nunca faltar. Não exigindo grande esforço, somente uma maior atenção com o que está ao nosso redor, no nosso ambiente.

Um exemplo disto é que, na maioria das vezes, o ser humano não se preocupa em cuidar a quantidade de água que utiliza ao escovar os dentes, quando toma banho ou no momento de lavar a louça e o carro. E, mais grave ainda, não se dá conta que comportamentos displicentes irão acarretar sérias e graves dificuldades para os nossos descendentes.

Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. É preciso considerar que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos.

Apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra, está disponível para atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Ao fazer esta constatação, podemos avaliar que a pouca quantidade de água que nos resta está ameaçada, devido à tardia conscientização do homem em preservar o ambiente dos esgotos não tratados, dos lixos não selecionados, dos resíduos de agrotóxicos e industriais abandonados em rios e córregos etc. Cada indivíduo tem uma parcela de responsabilidade, nesse conjunto de coisas.

A média de água consumida por dia, de uma pessoa, é, aproximadamente, 250 litros, entre banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe, que, de acordo com recomendações médicas, é, em média, 2 litros diários.

Com todas estas informações, resta apenas um questionamento: É possível o ser vivo sobreviver sem água? Não, não é possível. Portanto, é preciso fazer um uso racional deste recurso precioso e saber que o que estamos fazendo, nada mais é que contribuir, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água. Fonte: Biografia “A Ira da Águia”, de Humberto Loureiro.