Vacinas: pediatra explica quando e por que doses devem ser aplicadas.
Garantir a correta aplicação das vacinas nas crianças é uma das principais formas de assegurar uma vida saudável, protegendo-as de graves doenças. A complexidade do calendário, no entanto, muitas vezes confunde ou deixa os pais inseguros para que os procedimentos adequados sejam sempre mantidos. “Ao nascer, o bebê deve receber uma dose de hepatite B e outra de BCG. A primeira deve ser feita nas primeiras 24 horas de vida, para proteger o recém-nascido contra um subtipo de hepatite. Já a BCG deve ser realizada até os primeiros 30 dias após o parto, evitando casos graves de tuberculose como a meningite tuberculosa”, explica o pediatra e membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Juarez Cunha
Os primeiros sete meses do bebê contam com uma rotina intensa de vacinação, reforços da hepatite B, rotavírus, tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche), poliomelite, influenza, meningocócicas e pneumocócicas conjugadas. A partir dos seis meses de idade também é recomendada a vacina influenza. A febre amarela é indicada a partir dos 9 meses. “No segundo ano de vida, a criança deve receber imunização contra sarampo, caxumba, rubéola, varicela e hepatite A. Muitas das doses tomadas no primeiro ano e outras dessas recebidas depois devem ser reforçadas até os dois anos de idade. É importante também lembrar que é bom estar atento às mudanças tomadas pelo Ministério da Saúde, como a inclusão de novas doses, como ocorreu com o reforço da meningocócica e o HPV”, complementa o pediatra.
Confira quais vacinas tomar, a sua importância e o período indicado:
BCG: previne a tuberculose, principalmente as formas graves como meningite tuberculosa e tuberculose militar, que se espalha pelo corpo. Deve ser aplicada no primeiro mês de vida.
Hepatite B: Previne essa infecção viral do fígado. Deve ser tomada ao nascer, aos dois e aos seis meses. Dependendo da escolha da vacina (combinadas), podem ser aplicadas quatro dose.
Rotavírus: Previne a doença diarreica causada por rotavírus. É recomendada aos dois e quatro meses. Dependendo da escolha da vacina, podem ser necessárias 3 doses, aos dois, quatro e seis meses.
DTPa (tríplice bacteriana): Previne difteria, tétano e coqueluche. Deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses. Reforços com um ano e meio de vida e aos quatro ou cinco anos. Reforço na adolescência é também indicado.
Poliomelite (VIP): Evita a paralisia infantil. Indicada aos dois, quatro e seis meses. Reforços devem ser feitos entre quinze e dezoito meses e aos quatro ou cinco anos.
Pneumocócicas conjugadas: Previne 70% de doenças graves como pneumonia, meningite e otite. Recomendada aos dois e quatro meses. Dependendo da escolha da vacina deve receber uma terceira dose aos seis meses. Também é indicada uma dose de reforço entre um ano e um ano e meio de idade.
Meningocócica: Previne contra doenças causadas pelo meningococo, como meningite e meningococcemia. Deve ser aplicada aos três e cinco meses. Dependendo da escolha da vacina deve receber uma terceira dose aos sete meses. Também é indicada uma dose de reforço entre um ano e um ano e meio de idade e outro na adolescência.
Febre amarela: foi ampliada para todo o território nacional, indicada a partir dos 9 meses de idade.
Tríplice viral e varicela: Previne sarampo, caxumba, rubéola e catapora. Devem ser aplicadas com um ano de idade e um reforço entre os quinze e 24 meses. Rede pública aplica a segunda dose da varicela aos 4 anos de idade.
Hepatite A: Previne a infecção do fígado pela hepatite tipo A. Recomendada com um ano de idade com uma segunda dose após 6-12 meses da primeira. Rede pública só aplica uma dose de hepatite A.
HPV: três doses a partir dos nove anos.
Dengue: somente para pessoas já soropositivas para dengue. Três doses a partir dos nove anos.