Transformação digital altera a cultura trabalhista e social.

Transformação digital altera a cultura trabalhista e social.

“O sucesso da transformação digital exige uma ruptura com o modelo tradicional de trabalho”, afirmou o vice-presidente Executive Partner da Gartner, Alexandre Blauth, durante o Tá na Mesa dessa quarta-feira (05), na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Com a participação do head da Divisão de Aplicação de Negócios da Microsoft, Fabio Azevedo, o encontro discutiu os desafios e as tendências desse mercado no presente e no futuro.

Segundo Blauth, não faltam tecnologias para incentivar o progresso dessa revolução digital, mas pessoas capacitadas para trabalharem nesse novo mercado. “A demanda por profissionais na área é maior do que a oferta. Precisamos que a sociedade leve o conhecimento tecnológico de dentro das suas casas para o trabalho fora delas”, observou. De acordo com pesquisa realizada pela Gartner, em 2020, a inteligência artificial vai substituir 1,8 milhão de empregos. Em compensação, oportunizará a criação de 2,3 milhões de novas vagas.

Diante dessa realidade, o que falta é especialização e qualificação. “A partir de agora, as empresas querem um profissional sem receio de errar, que busque aprender e que insista em encontrar alternativas para as dificuldades”, aconselhou.

Ao entrar nesse tema, Azevedo foi além ao afirmar que não se deve ter receio das novidades, mas sim dos concorrentes. “Vamos usar esse medo de ficar para trás como um estímulo para otimizar o nosso negócio”, observou. Em sua opinião, é fundamental que a empresa veja a transformação digital com os olhos do cliente. “A jornada de compra dos consumidores não é mais linear. Vale a pena, por isso, investir em processos que interajam com esse público e forneçam a ele uma experiência de forma escalável e com preço competitivo”, ressaltou.

Entre as opções para isso, além da Inteligência Artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT), há a automação de processos, a visão 360º, o engajamento de comunidades, a interação e interpretação de redes sociais, entre outros. “Precisamos devolver tempo e dar conveniência aos nossos clientes”, finalizou.

HOMENAGEM

Ao iniciar o Tá na Mesa, a presidente da Federasul, Simone Leite, entregou uma placa-homenagem ao presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, em comemoração aos 85 anos da publicação. Ao agradecer a lembrança, Tumelero lembrou a parceria de longa data com a Federação, principalmente pela similaridade de princípios. “Nós também temos uma posição e deixamos ela sempre bem clara. Lutamos pela livre iniciativa, pela propriedade privada e defendemos as causas em que acreditamos. Por isso, parabenizamos e mantemos uma relação histórica com essa entidade”, finalizou.