Amor de mãe supera barreiras.

Amor de mãe supera barreiras.

Moradora do Asilo Padre Cacique, Dona Lenita Abrão dedica-se a estar bem para poder visitar a filha Ana Beatriz, que vive no Lar Santo Antônio de Excepcionais.

Nada se compara ao amor de uma mãe por uma filha, e nem o tempo é capaz de impedir que este amor aconteça. É com este pensamento que, Dona Lenita, de 81 anos, chegou ao Asilo Padre Cacique com a mais genuína motivação: manter a saúde e os cuidados para estar apta a visitar a filha Ana Beatriz, de 40 anos, que mora no Lar Santo Antônio dos Excepcionais.

As duas tiveram de se separar há quase quatro anos, pois, a filha precisava de cuidados mais rigorosos e que a mãe, com 77 anos à época, já não conseguia suportar. “Nos precisaríamos de três enfermeiras para cuidar da gente, e eu não tinha condições de cuidar dela. Fiquei muito triste. As enfermeiras, que já cuidavam de mim, contam que fiquei 20 dias só na medicação. Chorei muito, mas, com o tempo, fui compreendendo e entendi que era preciso reorganizar nossas vidas: a minha e a dela”, lamenta a mãe que vive sob os cuidados do Asilo há 3 anos.

Desde a separação, Dona Lenita, que veio de Gramado (RS) para morar no Asilo Padre Cacique, dedica-se a um único objetivo: manter boas condições de saúde para poder visitar a filha semanalmente.  Neste processo, o Asilo Padre Cacique tem oferecido todo o suporte necessário com acolhimento, carinho e dedicação. A moradora é grata a todo o apoio que conta da Instituição. “Quando chego lá, ela puxa minha orelha, me leva para bem perto dela e diz que me ama. Me sinto muito bem com ela; É a razão do meu viver e de fazer tudo isso. Assim, esta saudade, tem um sentido”, conta a mãe.

Com a vocação maternal, e com as visitas recorrentes, Dona Lenita “adotou” a parceira de quarto da filha no Lar Santo Antônio, a Ana Paula, que, assim como a Ana Beatriz, passou a aguardar com ansiedade as visitas da nova mãe. “Eu, que achei que havia perdido uma filha, ganhei duas. Tudo que levo para a Beatriz também levo pra Roberta. Brinco com as enfermeiras que elas são as minhas filhas”, comenta Lenita.

Agora, no Dia das Mães, Dona Lenita aguarda com natural alegria o encontro com suas duas “filhas”, para dar mais um abraço.