Artista Marcos Amaro prorroga exposição Desconstruções e Articulações até 10 de março, no MARGS.

Artista Marcos Amaro prorroga exposição Desconstruções e Articulações até 10 de março, no MARGS.

Artista e grande empreendedor cultural paulista cria nesta exposição obras a partir de sucatas de aviões. Mostra ocupa o espaço principal do Museu de Arte do Rio Grande do Sul até 10 de março.

Quem, ainda, não teve a oportunidade de visitar a exposição Desconstruções e Articulações do paulista Marcos Amaro, no MARGS (Museu de Arte do Rio Grande do Sul) ainda há tempo de admirar as 12 obras deste grande artista que nesta mostra, utiliza sucata de avião para criar suas esculturas. Com curadoria de Fábio Magalhães, as peças seguem em exibição até o dia 10 de março. “O artista Marcos Amaro descontrói os objetos na forma e no significado para reinventá-los. Entretanto, os fragmentos incorporados e reordenados por ele trazem consigo registros de seus significados anteriores, como, por exemplo, um pedaço de tecido, ou uma camisa, nos remetem aos personagens ocultos que as utilizou. Ou ainda, partes de uma porta de garagem, sugerem o passar do tempo (energias armazenadas) e vivências acumuladas. São, portanto, sinais de vida que ainda palpitam nos objetos descartados aparentemente sem nenhum valor. Ao incorporá-los à sua obra, o artista afere a eles um novo pulsar de vida e agrega expressiva e renovada força poética”, diz o curador Fábio Magalhães, que tem na sua trajetória os cargos de curador-chefe do MASP, diretor da Pinacoteca do Estado São Paulo, presidente da Fundação Memorial da América Latina e ex-secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Cultura de SP, entre outras atividades.

Filho do comandante Rolim Amaro, a obra de Marcos Amaro remete, muitas vezes, às suas memórias. “A minha obra parte de uma profundidade existencial extensa e complexa. Tem a ver com esse processo de significados históricos que eu vivo, procurando meu passado e a minha história. E atualizar essas potências para o momento presente. A minha expressão plástica é um reflexo disso”, explica.

Fundação Marcos Amaro inaugurou três novos espaços expositivos com obras de 13 artistas brasileiros, entre eles Tunga, Iberê Camargo, Amilcar de Castro e Carmela Gross.

Com 34 anos, o artista paulista Marcos Amaro criou ao longo da sua produção artística “uma linguagem vigorosa, de grande força expressiva e de identidade pessoal”, diz Fábio Magalhães. Reconhecido em exposições e bienais internacionais, sua trajetória é marcada pela ousadia da sua arte e do seu empreendedorismo cultural. 

Com apenas 28 anos, em 2012, criou a Fundação Marcos Amaro (FMA) em Itu/SP, cidade a 100 quilômetros da capital, em uma área de 20 mil metros quadrados, onde no século XIX funcionou a Fábrica São Pedro, importante polo da indústria têxtil, com relevância histórica e cultural para a região. É lá que hoje funciona a Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), projeto e complexo desenvolvido para fomentar a descentralizar a produção artística. A FAMA abraça não apenas o espaço expositivo, que possibilita ao público o acesso ao acervo da Fundação, mas também abriga ateliês, ocupações e residências artísticas promovidas por meio de editais diversos.

E é, também, na Fábrica de Arte que foi inaugurado em novembro mais três novos espaços expositivos com trabalhos de expoentes e nomes em ascensão da cena artística como Tunga, Iberê Camargo, Siron Franco, José Resende, Amilcar de Castro, Carmela Gross, Paulo Setúbal, Laura Lima, Zé Carlos Garcia, Maria Nepomuceno, Mário Cravo, Nicolas Vlavianos e Renata Lucas.

Juntos, os trabalhos integram a mostra permanente Frente, Fundo, Em Cima, Embaixo, Lados. Volume, Forma e Cor: o Tridimensional na Coleção Marcos Amaro, hoje com cerca de mil obras de alguns dos mais importantes artistas, com foco maior nos brasileiros. São pinturas, esculturas e fotografias que, juntas, compõem um acervo potente e expressivo da arte brasileira.

A mostra é pautada na desconstrução e na construção ̶ é necessário desordenar para, enfim, ordenar. O curador convida o público a encontrar a ordem geométrica presente em meio ao caos implementado por Marcos Amaro.

 SERVIÇO:

O que: exposição marcos amaro – desconstruções e articulações

Quando: até o dia 10 de março de 2019

Onde: Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, s/n – Centro Histórico, 3227.2311).

Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 19h

Ingresso: gratuito

Mediação: visitas mediadas podem ser agendadas pelo

E- mail educativo@margs.rs.gov.br.

 *o museu não possui estacionamento