Quais são os fatores de risco para overdose de opiáceos?
Os opiáceos são substâncias derivadas do ópio e, portanto, estão incluídos na classe dos opioides – grupo de fármacos que atuam nos receptores opioides neuronais. Eles produzem ações de insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor crônica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia, estados hipnóticos e dependência e alguns (morfina e heroína) são usados como droga recreativa de abuso.
ESTES SÃO OS FATORES DE RISCO MAIS IMPORTANTES, VEJA SE VOCÊ SE ENQUADRA E TOME MEDIDAS IMEDIATAS:
– combinação de opiáceos entre si ou com outras classes de remédios, como anti-depressivos;
– tomar doses elevadas dos opiáceos prescritos;
– tomar doses maiores que aquelas prescritas;
– usar opiáceos ilegais (heroína) ou comprados sem prescrição legal, as formulações podem conter outras substâncias deletérias à saúde;
– idade acima de 65 anos;
– apresentar doenças crônicas dos rins ou fígado.
COMO RECONHECER UMA OVERDOSE DE OPIÁCEOS?
E este é o conhecimento básico para pessoas que podem estar presenciando uma crise de overdose.
– pupilas pequenas, contraídas;
– perda de consciência;
– respiração superficial e lenta;
– engasgos ou sons tipo gargarejo;
– pele pálida, azulada e fria;
– corpo imóvel.
COMO SALVAR A VIDA DE UMA PESSOA EM OVERDOSE DE OPIÁCEOS?
Agora você poderá salvar efetivamente uma vida. Haja rápido, você terá poucos minutos.
– na dúvida, chame por ajuda: pessoa da casa, vizinho, polícia, bombeiros, SAMU;
– tente manter a pessoa desperta e respirando;
– mova a pessoa para a posição deitada e de lado para prevenir aspiração para os pulmões;
– permaneça com a pessoa até que venha auxílio;
– administrar o antídoto naloxona tão breve quanto possível: injetável no músculo, subcutâneo ou na veia, em spray nasal se tiver – o mais eficaz em situação aguda e de efeito mais rápido é na veia.
Novas orientações de autoridades no assunto recomendam com ênfase a prescrição de naloxona para quem recebe opiáceos por dor crônica e que estejam em risco de overdose. Isto inclui pacientes com prescrição de doses mais elevadas de opiáceos, co-prescrição de drogas que possam piorar os efeitos colaterais de opiáceos (benzodiazepínicos tipo Valium, Lorax e Lexotan; ou anti-depressivos), ou aqueles com doenças crônicas de pulmões (bronquite e enfisema, por exemplo), dos rins e fígado. O objetivo é de reverter a epidemia de mortes por overdose, já que se consegue salvar um episódio letal com a administração rápida de naloxona.
No Brasil há formas injetáveis da naloxona para uso endovenoso, intramuscular ou subcutâneo: algumas apresentações de cloridrato de naloxona e hicrocloreto de naloxona (Narcan e Naloxona como nomes comerciais). Peça receita ao clínico que prescreveu opiáceos e esteja atento. Avise familiar, acompanhante ou amigos sobre o recurso e onde encontrar a naloxona em sua casa. E não viaje sem o remédio salvador. Fonte: Dr. Carlos Alberto von Mühlen/Reumatologista/EUA.
Para mais informações acesse o Blog: www.drvonmuhlen.net