O exemplo mais evidente dos riscos que as Fake News trazem está na vacinação. O Sarampo é uma doença que havíamos erradicado no país e em função da questão envolvendo a Fronteira no Norte do país, e chegada de venezuelanos, que não tem a vacinação contra o sarampo como rotina, o problema voltou a preocupar. Somado a isso há um número muito importante de pessoas que optaram por não vacinar os seus filhos, ou não se vacinar. Isso é fruto de um bem que temos que é a internet, mas que ao mesmo tempo dá um acesso amplo a informação que muitas vezes são alarmantes, incorretas e sem qualquer fundamento científico.
Como combater esse mal? O trabalho passa pela busca de referências que sejam respaldadas cientificamente. No Brasil, além do Ministério da Saúde, há uma série de sociedades de especialidades ou associações e entidades médicas que trazem em suas páginas na internet uma série de informações com elevada credibilidade. Por isso, é extremamente importante que quando alguém comente ou envie alguma informação, seja feita a checagem em sites confiáveis. É preciso tornar claro, o que é verdade e o que não é. Ter acesso à informação verdadeira é um direito de todos e faz parte da opção de tratamento ter o conhecimento da doença. Se o paciente quer mais opiniões ou trocar uma ideia é sempre importante falar com o médico. A partir disso, ele vai ser ouvido e poderá expor os seus receios e dúvidas.
Reforço a preocupação com as imunizações porque há cerca de trinta anos havia uma taxa de mortalidade infantil muito maior e, hoje, esse índice melhorou e precisamos continuar evoluindo. É um mérito muito grande do Brasil que fez com que a totalidade da população tivesse acesso a diferentes tipos de vacina de graça e com ciclos completos. Há a disponibilidade através do Ministério da Saúde com custo zero ao paciente. Essas vitórias não podem ser deixadas de lado. Não é possível retroceder. Por isso, fazemos o apelo que não deem ouvidos a informações falsas. Diretor de comunicação da AMRIGS, Juliano Chibiaque