Projeto Tamar em defesa das tartarugas marinhas.

Projeto Tamar em defesa das tartarugas marinhas.

As espécies ameaçadas de extinção, animais ou vegetais, são aquelas em risco de desaparecer, em um futuro próximo. Incontáveis espécies já se extinguiram nos últimos milhões de anos, devido a causas naturais, como mudanças climáticas e incapacidade de adaptação a novas condições de sobrevivência.

Mas hoje o homem interfere decisivamente no processo natural de extinção de espécies, através de ações como, por exemplo, destruição dos habitats, exploração dos recursos naturais e introdução de espécies exóticas (vindas de outros locais). Essas e outras atitudes provocam declínio das espécies em taxas jamais observadas na história da humanidade.

Ao conhecer Projeto Tamar, tomamos conhecimento que as cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios das listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Das cinco, quatro desovam no litoral e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas: cabeçuda (Caretta), pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea) e couro (Dermochelys coriacea).

A verde (Chelonia mydas) está menos exposta, pois desova principalmente nas ilhas oceânicas (Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Trindade), onde a ação predatória do homem é mais controlada, o que contribui com a estabilidade da sua população.

De cada mil filhotes que nascem, somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. São inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam juvenis e adultos. Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, destacando-se a pesca incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do litoral; a poluição dos oceanos e o aquecimento global.

Para minimizar os efeitos predatórios da pesca sobre as tartarugas marinhas, o Projeto Tamar instalou, em 2005, a sua base na região, o Tamar Floripa, na praia da Barra da Lagoa, distante 25 km do centro de Florianópolis, na costa leste da ilha.

O Centro de Visitantes, também implantado na área da base, auxilia no trabalho de conscientização e educação ambiental de visitantes, comunidades e pescadores. Conta com infra-estrutura que inclui cinco tanques de observação, com exemplares de quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas que desovam no Brasil, sala de vídeo e exposições, espaço infantil e loja para venda de produtos Tamar. Há sala de vídeo climatizada com 60 lugares, exposição permanente de painéis fotográficos autoexplicativos, com informações sobre o ciclo de vida e anatomia das tartarugas, principais ameaças, reprodução e história do Tamar.

Além das atividades de conservação dos ecossistemas marinhos, o Tamar se destaca também pelo trabalho de pesquisa, aumentando o nível de conhecimento sobre as populações de tartarugas marinhas. Os resultados obtidos são apresentados em congressos nacionais e internacionais, simpósios e workshops, e veiculados em publicações científicas.

Para conhecer o Projeto Tamar de Florianópolis, o turista chega na Lagoa da Conceição, segue pela rodovia SC-406, passando pela Praia Mole, até chegar à Barra da Lagoa. Na primeira bifurcação, virar à esquerda e seguir pelo Acesso Norte da Barra da Lagoa. No trevo do Acesso Norte, virar à direita e seguir até o loteamento Cidade da Barra, onde fica o Centro de Visitantes do Tamar, a cerca de 20km do Centro de Florianópolis (via Morro da Lagoa) e a 23km do aeroporto (via Rio Tavares).

Valores: Inteira – R$15,00 – Meia entrada – R$: 7,50 (Estudantes, crianças até 12 anos e pessoas acima de 60 anos). Para escolas e grupos particulares o valor é diferenciado em função do atendimento especial. Consultar no momento do agendamento da visita.