A Clinic Cursos, uma escola que desenvolve profissionais para procedimentos estéticos não cirúrgicos, tem registrado um crescimento de 500% no número de alunos no segundo semestre de 2021. Dois fenômenos têm impulsionado os centros de formação. Um deles é a popularização de novas técnicas, procedimentos e produtos que necessitam de uma aprendizagem, como é o caso dos bioestimuladores de colágeno. Além disso, sendo o Brasil o segundo maior mercado de estética em todo o mundo, o crescimento da procura estimula diretamente a busca pela habilitação nesses procedimentos. “Bons resultados alcançados por celebridades que compartilham tudo pelas redes sociais fez crescer muito rapidamente a procura pelos bioestimuladores. São substâncias que estimulam a produção de colágeno em busca de um efeito rejuvenescedor e de redução da flacidez da pele na área aplicada, como rosto, colo, mãos, braços, abdômen, coxas, bumbum e até nos joelhos”, explica a Dra. Paula Caroline Garcia, biomédica, professora e CEO da Clinic Cursos.
O produto é aplicado na derme profunda ou hipoderme e os efeitos visíveis começam a aparecer em 15 dias, chegando ao seu efeito máximo em três meses e com durabilidade dos resultados de 12 meses. “É extremamente comum as pessoas procurarem por esse tratamento, no entanto, a demora em ter resultado aliado ao alto custo, comum ao que é novidade, desestimulam algumas pessoas que acabam sendo direcionadas para outras técnicas, como os fios de sustentação, mais acessíveis, com efeito imediato e similar. Então, podemos dizer que outros procedimentos também acabam tendo um aumento de sua procura graças à popularidade dos bioestimuladores”, destaca Paula.
Especialização na técnica
O tratamento com os bioestimuladores de colágenos é uma técnica de aplicação invasiva. Isso significa que, de acordo com a legislação brasileira, a prática está limitada a profissionais de formações específicas na área da saúde.
Por exemplo, especificamente os profissionais da enfermagem tem buscado muito a especialização em áreas da estética, como conta abaixo a CEO da Clinic Cursos, que tem notado esse fenômeno nas turmas de sua escola. “Identificamos uma grande procura dos cursos por pessoas formadas como técnicas ou bacharéis de enfermagem, que já são 53% dos alunos da escola. Ouvimos delas que a motivação pela busca por uma nova área de trabalho é o estresse causado pelo ambiente dos hospitais, principalmente durante a pandemia do coronavírus. São mulheres e homens que buscam um trabalho em uma área que atua mais com a autoestima das pessoas, com o bem-estar e a alegria”.
E de acordo com a biomédica, essa não é uma percepção apenas entre alunas da Clinic Cursos, mas também entre quem procura oportunidades de emprego na escola. “A cada dez currículos que recebo, três são de enfermeiros”.
Brasil é o segundo país com o maior mercado do mundo
Os fenômenos comentados acima pela CEO da Clinic Cursos não sãos os únicos a alavancarem o setor de formação desses profissionais e, consequentemente, os bons resultados da escola que a executiva e biomédica fundou há três anos. De acordo com os dados mais atualizados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS na sigla em inglês: International Society of Aesthetic Plastic Surgery) o Brasil tem o segundo maior mercado do mundo nesse setor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Dados estatísticos da ISAPS apontam que, em 2019 (dados de 2020 ainda não foram consolidados), foram realizados no Brasil mais de 2,5 milhões de procedimentos estéticos. Destes, pouco mais de um milhão foram procedimentos não cirúrgicos, estando no topo da lista as aplicações de toxina botulínica e preenchimentos com ácido hialurônico. Estas que são duas das habilitações mais buscadas na Clinic Cursos.
“O setor aquecido entre os clientes reflete diretamente nas escolas de formação, já que são habilidades não ensinadas no ensino tradicional das áreas de saúde autorizadas a trabalhar com as técnicas. Por exemplo, é grande a busca de cirurgiões dentistas no curso de harmonização facial”, revela Paula.