Critérios individuais pautarão a volta ao trabalho física ou adoção do home office em definitivo.

Nem todos estão preparados para a mudança no formato de trabalho, mas para uma camada da população a alteração que é provisória poderá se tornar definitiva.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a expectativa é que o chamado home office cresça cerca de 30% no país após o período de estabilização dos casos e retomada das atividades no Brasil. Porém, esse processo deverá passar por uma análise detalhada dos gestores e dos responsáveis pelo RH nas organizações.

O diretor da RH Mattos, Cassio Mattos, reforça que é preciso avaliar o perfil de cada profissional, uma vez que nem todos possuem uma capacidade de manter a produtividade no cenário de home office. “O que estamos vivendo nos mostra que é possível, sim, reduzir custos com o modelo home office e estabelecer este novo formato de trabalho. O que alertamos, porém, é que isso não é linear, ou seja, não pode ser algo a ser adotado de uma forma plena e geral pensando apenas em diminuir despesas”, afirmou.

O especialista reforça que neste momento está acontecendo uma nítida diferenciação entre aquelas empresas que já estavam atentas a essa realidade e aquelas que vinham operando ainda de uma maneira convencional.

Um grande número de empresas de repente teve de entrar no formato home office e não estavam preparadas para isso. Não adianta só considerar o modismo em si. É preciso ter critérios e ferramentas, além de considerar se o líder tem as competências necessárias para gerir a sua equipe à distância”, completou Cassio.

A atuação em home office traz prós e contras. Entre as vantagens, estão um tempo maior para os colaboradores cuidarem de sua saúde e do contato com familiares, uma vez que ficam menos tempo no trânsito. Por outro lado, a maior preocupação é com a capacidade de entrega do trabalhador, que fica sujeito a constantes distrações e atividades domésticas.