Poesia: O coração falando em forma de palavras.
José Carlos Duarte, nascido em Canasvieiras –SC, advogado formado pela PUC/RS, pós-graduado em Direito de Integração da América Latina, pela ULBRA. Autor de 7 livros poéticos, e de algumas dezenas de poesias e artigos, publicados, sobre direito público/administrativo. Excerce a advocacia há 48 anos.
Ser advogado foi sempre um anseio, já na mais tenra idade. Sempre quis ser um advogado, e desta linha não se desviou. Até porque, poetas podem ser maravilhosos na arte de escrever, mas se tivessem que viver disso, por certo passariam poucas e boas, financeiramente.
Ser poeta é um dom e esta veia poética aflorou lá pelos 14 anos de idade, quando estudando no Colégio IPA de Porto Alegre, criou os primeiros versos, motivado por uma ou outra menina de sua idade, do Colégio Americano de Porto Alegre. Com o tempo foi percebendo que, escrever poesias era um meio de expressar seus sentimentos , de liberá-los , e nestes versos, seus leitores também se identificarem e a maior paga que o poeta recebe é quando alguém lê uma poesia e diz: Parece que vive meu momento e expressou o que eu gostaria de dizer.
Vê-se claramente a demonstração do amor presente. Já afirmaram que o poeta José Carlos Duarte escreve pelas buscas incessantes, mas se esquecem estes, que há muitas poesias em que há homenagem ao amor presente e esperança de uma perpetualidade, enquanto existir vida.
Na ótica do Poeta, muitas vezes, quase todas, o ciclo amoroso encerra-se, passado um tempo, vem a saudade, superada esta, nasce um outro amor, novas expectativas se criam e lamentavelmente findam, mas, registra-se tudo isto, para dizer que, a capacidade de amar nunca diminuiu e que a busca do amor sonhado será sempre uma chama acesa, existirá até a morte, porque da forma com que sonha poeticamente, continuará buscando.
QUANTA LOUCURA…
Hoje,
olhei tua fotografia,
parei,
fitando-a,
dando quase vida a foto que embevecido olhava…
Tanto era assim,
que sentia,
percebia,
que até sorrias…
(Por Deus, quanta loucura causa-me tua ausência).
Olhando teu semblante retratado,
eu rememorava,
voltava-me mentalmente aos tempos já distantes,
em que o mundo, se era redondo,
se girava,
era redondo e girava,
em torno de nós,
do nosso afagar-se,
do nosso viver…
(Por Deus, como pode tudo terminar?)
Como aconteceu,
por que aconteceu,
de cada um de nós ir para caminhos contrários,
aparentando, e só aparentando,
que a separação não traria problemas,
readaptações ou dificuldades?
(Por Deus, será que terá que ser assim mesmo?)
Será que não se poderá divisar no horizonte,
uma possibilidade,
ainda que remota,
de voltarmos,
de nos reencontrarmos,
de vivermos juntos esse transbordante amor?
(Por Deus).